A Rede Evangélica Nacional de Ação Social (RENAS) está de parabéns,
pois tem lutado corajosamente e conseguido, passo a passo, dar
visibilidade ao fenômeno da violência sexual contra crianças e
adolescentes por todo nosso imenso país. A edição da cartilha “Uma ação
educativa contra a Exploração e o Abuso Sexual de Crianças e
Adolescentes”, com seus 10 mil exemplares, mostra a força e o poder
dessa militância.
Se me perguntassem: qual a fórmula desse grande sucesso da RENAS? Eu
responderia que o segredo está na unidade e na graça de nos encontrarmos
no centro da vontade de Deus, realizando sua obra.
A cartilha foi concebida para ser uma ferramenta a serviço da
campanha “Bola na Rede”, promovida pela RENAS em parceria com onze
organizações e redes.
Nosso principal objetivo é promover uma ação educativa que
sensibilize as pessoas para a gravidade da exploração e do abuso sexual
de crianças e adolescentes. Esperamos com isso fomentar a quebra do muro
do silêncio, o aumento das notificações e a promoção de um ambiente
mais seguro e livre de violência sexual para a população
infanto-juvenil.
O processo de criação da cartilha contou com a colaboração e
sugestões de várias pessoas ligadas à RENAS, dentre as quais destaco,
com especial carinho, Ronald Neptune, Eliandro Viana, Tânia Wutzki,
Débora Fahur e Ana Paula Felizardo.
Podemos dizer que escrever esse documento foi um grande desafio. O
texto devia primar pela objetividade, ser simples, mas, ao mesmo tempo,
conter informações relevantes para aqueles que desejassem prevenir e/ou
encaminhar para redes de proteção a apuração de casos concretos de
violência sexual contra crianças e adolescentes.
Apesar de abordar o fenômeno da violência sexual de uma forma
técnica, mostrando a tipificação de conceitos, estatísticas, legislação e
detalhamento do sistema de garantia de direitos, a cartilha ficou bem
didática e de fácil compreensão.
Está comprovado cientificamente que no decorrer do nosso processo de
aprendizagem retemos apenas 10% do que lemos, 20% do que escutamos, 30%
do que vemos, 50% do que vemos e escutamos (audiovisual), 70% do que
ouvimos e logo discutimos e 90% do que ouvimos e logo realizamos. Dessa
forma, tomando por base esses dados, recomendamos o estudo da cartilha
em pequenos grupos e em classes de escola dominical. Para ajudá-lo a
otimizar os debates e aprofundar as principais questões associadas ao
fenômeno, criamos, logo após a exposição de cada tema, as seções “Para
refletir” e “Uma palavra de esperança”. Confiram. Vale a pena.
A RENAS, inicialmente, não tinha recursos para produzir a cartilha.
Entretanto, movidos pela fé, cremos que Deus iria prover “o ouro e a
prata” e por meio da articulação com alguns parceiros, dentre os quais
destaco aqui a Visão Mundial, na pessoa do Welinton, o sonho se
transformou em realidade.
Por fim, concluo esse breve comentário, citando Victor Hugo que
disse: “Nada é mais poderoso do que uma ideia que chegou no tempo
certo”. De fato, meus queridos irmãos, a ideia de mobilizar a igreja
para proteger crianças e adolescentes da violência sexual chegou no
tempo certo. Acredito que estamos vivenciando um “kairós” de Deus. Essa é
nossa hora de fazer história e proteger da violência essa geração de
pequeninos. Que o Espírito Santo ilumine e fortaleça a todos nós, para
que quando nos apresentarmos, perante nosso mestre Jesus, escutemos de
seus lábios: “Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel,
sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor” (Mt 25.23).
Leolina Cunha
(CECOVI)
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Baixe gratuitamente a cartilha aqui.
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