sábado, 24 de outubro de 2015

Presidente decreta jejum nacional para que Deus tire país da crise


Presidente decreta jejum nacional para que Deus tire país da crisePresidente decreta jejum nacional contra crise
"Ele já perdoou os nossos pecados e temos certeza de que irá curar a nossa nação", afirmou presidente da Zâmbia

A crise econômica que se abate sobre muitos países parece ter chegado à África. Na Zâmbia, a inflação tem crescido e a moeda nacional (kuatcha) desvalorizou quase 45% frente ao dólar. Além disso, houve uma queda brusca no preço do cobre, uma das principais fontes da receita da Zâmbia, responsável por cerca de 70% das exportações.
A resposta de Edgar Lungu, presidente da Zâmbia, foi inédita e gerou grande polêmica. Ele está pedindo ajuda de Deus. Em colaboração com várias igrejas do país, decretou que o domingo passado (18), seria um dia de oração e jejum nacional.
Diante de mais de 5000 pessoas, afirmou em um discurso: “Nosso Deus ouviu as nossas orações. Ele já perdoou os nossos pecados e temos certeza de que irá curar a nossa nação, que enfrenta graves problemas socioeconômicos. Vocês sabem que Deus é amor e peço que cada um faça o seu melhor e deixe o resto nas mãos de Deus”.
Na Zâmbia cerca de 85% da população é cristã, mas nem todos gostaram da postura do presidente. O chefe tribal Ntamdu, líder da província do norte chamou os governantes de “idiotas”. Ele questionou: “Orar e jejuar para quê? Para que aconteça algum milagre econômico? Por acaso foi Deus que causou este sofrimento todo às pessoas, para que agora possa reverter a situação?”.
Curiosamente, um grande arco-íris ao redor do sol foi avistado na capital Lusaka, o que para muitos foi um sinal da aprovação divina. Com informações Lusaka Times
por Jarbas Aragão

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Visita ao Gente Livre em Salinópoles.

Neste domingo dia 18 de outubro estivemos visitando a Comunidade Terapêutica “Gente Livre”, um centro de recuperação para pessoas que querem deixar/estão deixando as drogas. O Centro de Recuperação como é conhecido fica em Salinópolis, o Centro Gente Livre já formou vários alunos, que hoje estão bem, se mantendo firme. O Gente livre hoje é coordenado pelo Pr. Balaão.


Neste período ministramos eu suas vidas aquilo Deus tem nos dado.


Realizamos dinâmicas para descontrair, mas sem deixar de passar uma mensagem.


Quero Agradecer a todos que tem nos ajudado nesse trabalho e ao Pr Balaão que tem sido grandemente usado pelo Senhor nessa obra.

  

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

FÓRUM DE MISSÃO URBANA - JOÃO PESSOA - 26-28/11/15

Acontecerá na cidade de João Pessoa o FÓRUM DE MISSÃO URBANA de 26 a 28 de Novembro de 2015. O FMU refletirá de modo integrado e dinâmico três eixos temáticos voltados para o contexto urbano: (1) conjuntura urbana atual; (2) bases bíblico-teológicas; (3) práxis transformadoras. Buscaremos entender os contextos urbanos e a missão uma resposta ao agir de Deus no mundo. Tais ações não podem prescindir a compreensão das realidades e contextos que desafiam a missão transformadora.


Fórum de Missão Urbana (FMU) é um projeto em parceria das seguintes instituições:
Tearfund, Instituto Solidare, Alef, Acev, Juvep, Faculdade Teologica Sul Americana, Missao Aliança, Betel Brasileiro,  Igreja Cidade Viva  e Aliança Evangélica Brasileira. 
FMU refletira de modo integrado e dinâmico três eixos temáticos voltados para o contexto urbano: (1) Conjuntura urbana atual; (2) Bases bíblico-teológicas; (3) Práxis transformadoras.
integração dos eixos (vide diagrama abaixo) é fundamental para a missão urbana. Buscar entender o contexto urbano (conjuntura) é uma lição de casa permanente para a liderança, pastoral ou não, igrejas e organizações. Sendo a missão uma resposta ao agir de Deus no mundo, tais ações não podem prescindir a compreensão das realidades e contextos que desafiam a missão. Essa fase do processo nos ajuda a, como Jesus, “ver as multidões” para depois “ter compaixão delas”. Esta fase analítica tem a intencionalidade de gerar ações compassivas transformadoras.
O passo seguinte, mas não cativo do anterior, é a reflexão bíblico-teológica. Sem fundamentação bíblico-teológica nossas motivações, interesses e ações correm o risco de ser mais um “ismo” social. Somos desafiados a imitar Jesus “andava de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus” (Lc 8:1) e que entendeu que sua missão era: “É necessário que eu anuncie o evangelho do reino de Deus também às outras cidades, pois para isso é que fui enviado” (Lc 4:43). É o “Evangelho do Reino de Deus” que tem o poder de transformar vidas e situações. Por isso a necessidade de capacitação bíblico-teológica que nos ajude a entender como o este “Evangelho do Reino de Deus”, e não outro, pode e deve se proclamado e manifestado no contexto urbano.
Esse processo nos leva ao passo seguinte do ciclo: ações que geram transformações urbanas. Essas ações não serão inconsequentes e nem impensadas. Antes, buscando “discernir os sinais dos tempos” (Mt 16:3) à luz da Palavra de Deus, nós, como agentes da missio Dei,  somos “sal da terra” e “luz do mundo” “para que vejam” nossas “boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mt 5:13-16).
Diagrama do Fórum
diagrama
Objetivos do Fórum
  1. Promover trocas de experiências de transformação urbana;
  2. Incentivar a prática de iniciativas para a transformação urbana;
  3. Formação de um cadastro nacional de iniciativas missionais no contexto urbano (catálogo);
  4. Fomentar o surgimento de uma rede de missão urbana;
  5. Fornecer ferramentas para a transformação urbana.
Eixos Temáticos
  1. Análise da conjuntura urbana atual;
  2. Base bíblico-teológica;
  3. Modelos práticos de transformação urbana;
  4. Práxis e recursos para a transformação urbana.
Objetivos dos Casos
  1. Influenciar na realizar de ações concretas de transformação urbana;
  2. Promover conscientização de temas específicos dos contextos urbanos;
  3. Valorizar iniciativas de igrejas e ministérios urbanos.
Pedagogia do Fórum
FBM busca intencionalmente três processos pedagógicos:
Primeiro, o formato de apresentação no estilo TED. TED é acrônimo de Technology, Entertainment, Design; em portuguêsTecnologia, Entretenimento, Design. Trata-se de uma série de conferências realizadas na Europa, na Ásia e nas Américas pela fundação Sapling, dos Estados Unidossem fins lucrativos, destinadas à disseminação de ideias –”ideias que merecem ser disseminadas”. Suas apresentações são limitadas a dezesseis minutos, e os vídeos são amplamente divulgados na Internet. No caso do FMU as apresentações terão o limite de 20 minutos, sendo um total de 6, assim distribuídas:
  • TEDS DO EIXO TEMÁTICO – ANÁLISE DA CONJUNTURA URBANA ATUAL
TED 1 – Análise da conjuntura urbana atual
TED 2 – Análise da conjuntura urbana atual
  • TEDS DO EIXO TEMÁTICO – BASE BÍBLICO-TEOLÓGICA PARA A MISSÃO URBANA
TED 3 – Base bíblico-teológica para a missão urbana
TED 4 – Base bíblico-teológica para a missão urbana
  • TEDS DO EIXO TEMÁTICO – PRÁXIS PARA A TRANSFORMAÇÃO URBANA
TED 5 – Práxis para a transformação urbana
TED 6 – Práxis para a transformação urbana
Segundo, a prioridade das apresentações de CASOS. Serão 12 casos com a duração de 15 minutos cada. Os casos possuem as seguintes características:
  • Estão vinculados com igrejas;
  • Estão buscando a transformação urbana;
  • Estão atuando e envolvidos com temáticas de profunda relevância e impacto em contextos urbanos.
Terceiro, uma proposta de continuidade e processo. Não se propõe apenas um ajuntamento motivacional. Além de promover trocas de experiências e incentivar a prática de iniciativas para a transformação urbana, o FMB anseia por:
  • Desenvolver processo continua e permanente, na expectativa de elaborar um cadastro nacional de iniciativas missionais no contexto urbano que viabilize não apenas o conhecimento de tais iniciativas como também a promoção da cooperação e parcerias de missão;
  • Fomentar o surgimento de uma rede de missão urbana;
  • Fornecer ferramentas para a transformação urbana através de um website e capacitações locais, regionais, nacionais.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

A igreja enviando missionários!

O ENVIO MISSIONÁRIO – PARTE 1 IntroduçãoPor Ronaldo Lidório
Olhemos para a igreja em Antioquia como paradigma de envio, compromisso evangelístico e força plantadora de igrejas. A proposta é fazê-lo sonhar com esse modelo bíblico. Não foram Paulo e Barnabé que iniciaram esse grande movimento de plantio de igrejas entre os gentios, mas uma igreja, sensível ao Espírito, com a visão do Reino, temor à Palavra e pronta para servir. Igrejas plantam igrejas.
Leiamos o texto de Atos 13, versos 1 a 3.
1 Ora, na igreja em Antioquia havia profetas e mestres, a saber: Barnabé, Simeão, chamado Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes o tetrarca, e Saulo.
2 E servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
3 Então, depois que jejuaram, oraram e lhes impuseram as mãos, os despediram.
O versículo 1 enumera cinco líderes da igreja em Antioquia descritos sob a categoria de profetai kai didaskaloi (profetas e mestres). Profetes era aquele que falava em nome de Deus, também utilizado no grego ático tanto para pregador quanto para expositor das leis. O Didaskalos é o mestre (de didasko: ensino) aplicado para aquele que possui discípulos e, parece-me que nesse caso, esses didaskaloi estavam mais ligados à instrução dos novos convertidos em Antioquia. Nessa lista primeiramente é mencionado Barnabé, o qual era “natural de Chipre” (At. 4:36). Logo após Lucas cita Simeão, referindo-se provavelmente a um africano “Níger” (negro) e menciona Lúcio “de Cirene” provindo do norte da África. Também lista Manaém, colaço (syntrophos: irmão de leite) de Herodes e finalmente Saulo.
O versículo 2 começa com uma ação coletiva: “e servindo eles ao Senhor…”. E as duas perguntas que devem ser aqui levantadas são: quem são “eles” e como serviam ao Senhor? Há três possibilidades para entendermos “eles”, já que o texto não o define: refere-se a toda a igreja em Antioquia; ou apenas aos cinco líderes do verso anterior; ou ainda especificamente a Paulo e Barnabé mencionados separadamente logo após.
Por ausência de ligação textual creio que podemos excluir a “igreja em Antioquia”, restando-nos assim os cinco líderes do versículo 1 e Paulo e Barnabé do versículo 2. De qualquer forma, esses últimos são também mencionados na lista de líderes, portanto os utilizaremos como pressuposto para “eles”. Sigamos, portanto, para a pergunta principal: como serviam ao Senhor?
Leitourgoi – Edificadores do Corpo de Cristo
O verbo “servindo” (leitourgounton) utilizado aqui, aponta para aqueles que serviam ao Senhor como leitourgoi, servos. Lembremo-nos que havia três formas de alguém se apresentar como “servo” no contexto neotestamentário:
Como doulos – o escravo. Nas palavras de Candus “Aquele que pessoalmente acompanha o seu Senhor para realizar os desejos do seu coração”. Portanto, doulos no contexto do Novo Testamento é aquele que tem um compromisso direto com Deus; que serve pessoalmente ao seu Senhor.
Como diakonos – o mordomo. Aquele que serve ao seu Senhor através do serviço à comunidade. Na palavra o termo é usado para aqueles que, sensíveis à necessidade do Corpo de Cristo – física e espiritual – servem a Deus.
Ou como leitourgos – o edificador. O termo, ligado à leitourgia (liturgia) não é restrito como o usamos hoje. Refere-se àquele que serve ao Senhor sendo usado por Ele para abençoar, edificar, o seu irmão. E essa é justamente a raiz do verbo que expressa que Paulo e Barnabé serviam ao Senhor, afirmando assim que eles eram, antes de tudo, abençoadores, ou edificadores do Corpo de Cristo em Antioquia. Eram uma bênção, como se pode falar hoje.
Portanto, a primeira característica apontada pelo texto a respeito desses dois homens que iniciaram a obra missionária como a conhecemos hoje não foi a competência intelectual, o título ministerial ou a profundidade teológica, mas a fidelidade, e fidelidade de vida em relação aos de perto que os rodeavam em Antioquia.
Uma aplicação objetiva do texto seria esta: não envie para longe aqueles que não são uma bênção perto. Aquele rapaz que diz possuir um claro chamado ministerial, se não tiver primeiramente um desejo ardente pelo ministério comprovado pelo serviço em sua igreja local, certamente não o terá em lugares distantes; ele não está pronto a ser enviado ao seminário ou ao campo. Aquela jovem que insistentemente afirma ter um claro chamado ministerial para a obra missionária em algum lugar distante, se não o demonstrar onde está com os ministérios e oportunidades locais, não o fará também do outro lado do mundo; ela não está pronta a ser enviada ao preparo ou ao campo.
Aplicações do texto para a vida diária
Já vimos que não devemos enviar para longe aqueles que não são uma bênção perto com base no verso 2.
Spurgeon já falava, em 1885, que “nada é mais difícil do que se mostrar fiel aos de perto que bem lhe conhecem” e aqui três rápidas aplicações poderiam ser feitas.
Pessoal. Não há nada mais perto de nós do que a nossa família. Aquele que não pode ser apontado pela esposa, esposo ou filhos como leitourgos no dia a dia de sua casa, dificilmente será uma bênção fora dela.
Ministerial. Líderes e pregadores que se destacam nos púlpitos e salas de aula de igrejas e seminários, mas fracassam com a família, amigos e pessoas chegadas, não estão prontos para o ministério. Plantadores de igrejas que são exímios no que fazem, nas ruas, praças e templos, porém não têm testemunho de Cristo entre os seus, não estão qualificados ao envio. O ministério não define o próprio ministério. O caráter de Cristo em nós o faz.
Eclesiástica. Não há nada mais perto da igreja do que a própria igreja, os irmãos com os quais nos encontramos a cada semana. Se uma comunidade cristã não demonstra ser leitourgos, abençoadora, para aqueles com a qual convive dia a dia, culto a culto, dificilmente conseguirá fazer diferença em outros lugares, seja perto, seja longe.
Conclusão
A Palavra de Deus segue uma lógica quase sempre crescente. O que for fiel no pouco será também no muito. Quem for uma bênção perto será também longe. É necessário entendermos que “no pouco” e “perto” encontramos oportunidades de aprendizado e crescimento. São ambientes onde podemos observar nossos próprios corações, vermos as áreas de limitação da vida e buscarmos quebrantamento, perdão e edificação para nossa caminhada.
Vivemos um desafio constante de sermos fieis no pouco e abençoadores aos de perto. Usemos desta oportunidade para buscar verdadeiro quebrantamento de coração, pedir que o Espírito Santo nos molde à imagem de Cristo, e nos preparar para continuarmos a caminhada ao ponto de também sermos fieis no muito e abençoadores aos de longe.
O ENVIO MISSIONÁRIO – PARTE 2 Introdução
Veremos neste artigo sobre a posição da igreja no processo de envio missionário. O envio missionário está atrelado diretamente ao envio por parte de igrejas locais. Há um número expressivo de vocacionados ao ministério que não chegam aos seminários e campos por falta de orientação, acolhida e envio por parte de igrejas locais. Um segmento precioso na igreja local são os seus vocacionados. São eles que o Senhor usará para que outras igrejas sejam pastoreadas, a Palavra seja traduzida para outros idiomas, igrejas sejam plantadas em cidades e tribos, e ministérios de compaixão sejam desenvolvidos entre os carentes. Devemos orar, acolher, encorajar, preparar e investir naqueles a quem Deus chama e vocaciona.
E disse o Espírito Santo
No texto de Atos 13.1-3 lemos que, servindo eles ao Senhor, “disse o Espírito Santo: separai-me…”. O texto não esclarece como o Espírito se manifestou e falou à igreja, mas toda a ação deixa bem claro que a igreja prontamente ouviu. “Disse” (eipen) vem de lego que significa “falar”, “se comunicar”. Pode ser usado tanto para a comunicação direta ou via um mensageiro. Alguns exegetas afirmam que o fato do Espírito ter falado à igreja se relaciona com o destaque de Lucas no verso primeiro, ou seja, a existência de “profetas e mestres”. Outros defendem que, por deixar indefinida a forma pela qual o Espírito falou à igreja Lucas estaria sugerindo a presença de uma convicção subjetiva unânime no meio do povo quanto ao chamado de Paulo e Barnabé. O certo, porém, é que o texto declara como a igreja estava quando ouviu a voz do Espírito: jejuando e orando.
O conteúdo do que Ele falara foi “separai-me” (aphorisate), do verbo aphorizo, o qual é um verbo exclusivista também usado em Mt 25.32 quando o pastor “separa” as ovelhas dos carneiros. Aphorizo se diferencia de ekklio, pois não se trata de uma separação de relacionamento (foram excluídos da igreja de Antioquia), mas uma separação para uma função (permanecendo ligados à igreja são agora designados para uma função além da igreja local). É o mesmo termo usado nos Documentos de Cartago, quando cidadãos comuns eram chamados para engrossar as fileiras do exército romano. Portanto, Paulo e Barnabé seriam separados porque primeiramente haviam sido chamados e não o contrário.
É bom também entendermos que ergon (a obra) para a qual foram chamados é um termo genérico que tanto pode significar um ato quanto uma função e poderia ser usado, nesse caso, por ser essa obra já bem conhecida por todos na igreja – a evangelização dos gentios – ou também para chamar a atenção para o ponto principal deste comando: não a obra, mas quem os chamou para essa obra. Demonstra também flexibilidade ministerial indicando que a obra pode mudar, mas o chamado permanece, pois se baseia naquele que nos chamou.
A expressão “jejuando e orando” vem como um conjunto que se completa já que, segundo Stott, “o jejum é uma ação negativa (abstenção de comida e outras distrações) em função de uma ação positiva (culto e oração)”, e em subsequência “impondo sobre eles as mãos…” traz a expressão epithentes tas cheiras que possui vasto significado para o conceito de envio missionário.
Impondo sobre eles as mãos
A imposição de mãos tem um significado específico entre romanos e gregos no primeiro século. Compreendê-lo também nos levará a perceber a nossa responsabilidade em impor as mãos e enviar aqueles que devem pregar o Evangelho de Cristo.
Sinal de autoridade. Esse “impor de mãos” remonta ao grego clássico quando um pai impunha suas mãos sobre o filho que lhe sucederia na chefia da família, ou seja, uma transferência de autoridade. Para Paulo e Barnabé isso significava que eles possuíam a autoridade eclesiástica para fazer tudo o que a igreja faria, mesmo onde ela não estivesse presente como comunidade. É, portanto, ao mesmo tempo uma carga de autoridade e responsabilidade. Como igreja em Antioquia, eles poderiam pregar a Palavra, orar pelos enfermos e desafiar os incrédulos, mas ao mesmo tempo precisariam também compartilhar da mesma fidelidade e dedicação que existia naquela comunidade dos santos.
Sinal de reconhecimento. Também era usado em momentos oficiais como na cidade de Alexandria, quando vinte oficiais foram escolhidos especialmente para guardar a entrada da cidade que sofria com frequentes ataques de nômades, e sobre eles “foram impostas as mãos” em sinal de reconhecimento de que eram dotados das qualidades para aquela função. Para Paulo e Barnabé consistia no fato de que a liderança da igreja reconhecia não apenas o chamado (que era claro), mas também a capacidade e dons para cumprirem a missão.
Sinal de Cumplicidade. Encontramos também no grego clássico o “impor de mãos” no sentido de cumplicidade, quando generais eram enviados a terras distantes para coordenar uma província e as autoridades enviadoras impunham as mãos demonstrando ao povo que eles não seriam esquecidos. Ou seja, permaneciam como parte do corpo mesmo não estando entre eles. Para Paulo e Barnabé significaria dizer que, por mais distantes que fossem, permaneceriam ligados à igreja de Antioquia. Que essa igreja continuaria responsável por eles, amando-os, desejando o melhor e com certeza os sustentando. A meu ver, impor as mãos como sinal de autoridade e reconhecimento não é tão difícil como as impor em sinal de cumplicidade, pois esse último é um ato contínuo que demanda dedicação e profundo amor. Kent Norgan afirmou que “é mais fácil amar aquele que se vê e ter compaixão ao que está sempre ao seu lado”.
Por fim, a igreja “… os despediu” (apelusan), do grego apoluo que significa “fazer as honras do envio”. “Apoluo” também pode ser usado no sentido de “liberar, soltar, deixar que se vá”. Creio que havia aqui um aspecto prático no qual líderes e irmãos pensaram também nas necessidades imediatas de Paulo e Barnabé para a viagem e ministério. Apoluo é uma expressão formal, portanto nos leva a crer que não foram despedidos de forma simples, mas antes houve um culto em que a igreja oficialmente se reunira para os enviar: um abençoado culto de envio.
Alguns princípios no envio
Temos aqui alguns princípios que podem ser observados no envio missionário.
No processo do chamado não há apoio bíblico ao ostracismo. Ou seja, é inválida a posição de irmãos que alegam ter ouvido a direção do Espírito Santo quanto à vocação missionária, mas que desejam levar adiante essa missão sem a participação da igreja local. Mesmo em um contexto onde agências missionárias são usadas para facilitar os ministérios daqueles que vão, a igreja local precisa permanecer na linha de frente no processo de seleção e confirmação do chamado. Precisamos crer que o Espírito fala à igreja e devemos esperar submissão daqueles que foram chamados à sua liderança local.
No desafio ao envio missionário devemos evitar o institucionalismo. É o outro lado da mesma moeda. A igreja, sozinha e desconhecendo o contexto, tomando decisões e definindo metas, estratégias e prioridades a despeito da visão daqueles que foram chamados. Precisamos crer que Deus colocará de maneira clara nesses corações os desejos certos e a motivação que vem do alto. É preciso ouvir, e com atenção, o que Deus fala aos chamados em sua igreja local.
No momento do envio passamos para os enviados autoridade eclesiástica, reconhecimento de que são qualificados e especialmente cumplicidade com a obra para a qual foram separados. Ou seja, no processo do envio missionário o cordão umbilical não pode ser cortado. A igreja, enviadora, é a responsável pela obra que se inicia perante o Senhor. Igrejas plantam igrejas.
Conclusão
Oremos e olhemos para os vocacionados em nossa igreja. Aqueles que sentiram e estão convictos da vocação do Senhor. Talvez não saibam para onde, como ou quando irão, ou se permanecerão, mas estão certos que o Senhor os chamou.
Oremos por eles, sobretudo, por dois elementos importantes. O primeiro é o discernimento. Eles precisam de Deus para saber qual é o próximo passo. Talvez seja se envolverem com os ministérios da igreja local, se prepararem em um seminário ou concluírem a universidade. Talvez seja buscarem a Deus para uma área de suas vidas seja trabalhada. O próximo passo, porém, é sempre uma grande necessidade para aqueles que foram chamados e ainda não partiram. O segundo elemento importante é a perseverança. Oremos para que eles não parem ao longo do caminho. Para que não se encantem com as luzes deste mundo e outros chamados que não venham do Pai. Perseverar é uma das maiores necessidades na vida daqueles que entendem a vocação ministerial e a igreja pode ajuda-los, como Antioquia fez com Paulo e Barnabé.
Ninguém sabe ao certo quando Deus falará à igreja de forma especial, mas o jejum e a oração – sinais de uma comunidade piedosa e crente – são a postura daqueles que ouvirão a Sua voz. Deus fala a muitos, contudo aqueles que se humilham ouvem mais a Sua voz.
Envie suas perguntas para contato@povoselinguas.com.br, para que possamos acompanhar e orienta-lo quanto ao envolvimento de sua igreja no campo missionário.
Conheça o Instituo Antropos

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Como me tornar um missionário?

UMA PALAVRA SOBRE VOCAÇÃO
Por Ronaldo Lidório 
A vocação de Deus é incontestável e irresistível. Incontestável, pois Ele, ao vocacionar, o faz de forma clara e nada mais enche o coração. Irresistível pela abordagem, pois quando Deus vocaciona, tudo nos impele a segui-Lo.
Chamado e vocação são termos correlatos na Palavra de Deus e derivam da expressão kaleo – chamar. Em todo o Novo Testamento vemos que Ele chama para a salvação (2 Pe 1.10), para a liberdade (Gl 5.13), para sermos de Jesus Cristo (Rm 16) e para a ceia das bodas do Cordeiro (Ap 199). Todo chamado se dá segundo o Seu propósito (Rm 8.28) e somos encorajados a permanecer firmes no chamado (1 Co 7.20), andar de forma digna da nossa vocação (Ef 4.1) e a vivê-la junto com outros igualmente chamados em Cristo (Ef 4.4).
O chamado de Deus não é uma prerrogativa do Novo Testamento. Deus, ao longo da história, chamou o Seu povo para o Seu propósito. Israel é chamado para ser bênção entre as nações (Gn 12.2) e para anunciar a salvação e a glória do Senhor (Sl 96.3). Em Isaías, o Senhor fala sobre “todos os que são chamados pelo meu nome”, também menciona que foram criados “para a minha glória” (Is 43.7). Antes de tudo, é preciso compreender que, em Cristo Jesus, todos somos vocacionados (1 Pe 2.9-10). A Palavra deixa isso bem claro ao expor que somos vocacionados para a salvação, para as boas obras, para a santidade e para a missão. Ou seja, nascemos em Cristo Jesus com um propósito. Não estamos neste mundo de forma aleatória e descomprometida. Fomos salvos em Cristo para fazer diferença – sendo sal e luz – e cumprir o chamado de Deus. E, dentre todas, a nossa maior vocação é glorificar o nome de Deus Pai (Rm 16.25-27).
Encontramos também na Palavra de Deus a vocação ao ministério, para uma função específica no Reino do Senhor. Trata-se daqueles que são separados por Deus para uma ação específica e funcional em Sua igreja. Escrevendo aos Romanos, Paulo se apresenta como “servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus” (Rm 1.1), expressando que é servo de Cristo, porém, com um chamado ministerial específico: ser apóstolo.Ele afirma ser “servo” – doulos – escravo comprado pelo sangue do Cordeiro, liberto das cadeias do pecado e da morte e, apesar de livre, cativo pelo Senhor que o libertou. Afirma também ser chamado para ser “apóstolo”, demonstrando que alguns servos podem ser chamados ao apostolado, porém, não há apóstolos que não sejam primeiramente servos.
Em Efésios 4:11, entendemos que o Senhor Jesus chama, dentre todos na igreja, “alguns” para serem apóstolos, profetas, pastores, evangelistas e mestres, ou seja, para funções específicas de trabalho. Quem nós somos – nosso chamado em Cristo – é mais determinador para nosso ministério do que para onde iremos. Não há na Palavra um chamado geográfico (para a China, Índia ou Japão), ou mesmo étnico (para os indígenas, africanos etc.), mas um chamado funcional, para se fazer alguma coisa. Na exposição aos Efésios, Paulo afirma que alguns foram chamados para ser apóstolos, ou “a pedrinha lançada bem longe”, na expressão de John Knox. São aqueles que vão aonde a igreja ainda não chegou. Há os profetas, que falam da parte de Deus e comunicam Sua verdade. Há os chamados para serem pastores, que amam e cuidam do rebanho de Cristo, que amam estar com o povo de Deus e se realizam ministerialmente cuidando desse povo. Há os evangelistas, que são aqui os “modeladores” do Evangelho, ou seja, os discipuladores. São os irmãos que fazem um trabalho nos bastidores, de discipulado, extremamente relevante para o Reino, o crescimento e amadurecimento da igreja. Por fim os mestres, que ensinam a Palavra de forma clara e transformadora, são os que leem a Palavra e a expõem de forma tão clara que marcam vidas e corações.
Na dinâmica do chamado há certamente uma direção geográfica. Se alguém possui convicção de que Deus o quer na Índia, isso significa que há uma direção geográfica de Deus, não um chamado ministerial. Mas, notem: a direção geográfica muda, e mudou diversas vezes na vida de Paulo. O chamado, porém, permanece. Paulo foi chamado para os gentios, como por vezes expressa (At.13:1-3). Era uma força de expressão para seu perfil missionário, pois, com exceção dos judeus, todo o mundo era gentílico. Assim, ele expressa em Romanos 15.20 a prioridade geográfica do ministério da Igreja: “onde Cristo ainda não foi anunciado”. Na época, prioritariamente entre os gentios. Hoje, porém, pode ser perto e pode ser longe. Uma pessoa, de qualquer língua, raça, povo ou nação, que ainda não tenha ouvido as maravilhas do Evangelho, é a prioridade de Deus para a obra missionária.
Percebo algumas crises entre os vocacionados no Brasil. As principais talvez sejam de compreensão, discernimento e ação. A crise de compreensão se estabelece à medida que não entendemos, na Palavra de Deus, que somos todos vocacionados para servir a Cristo. Assim, relegamos o trabalho aos que possuem um chamado ministerial específico. Outras vezes, por associarmos o chamado puramente a títulos ou posições eclesiásticas, esquecendo que fomos todos chamados em Cristo para a vida no Espírito e para o trabalho na missão.
A crise de discernimento nasce quando não fazemos clara distinção entre o chamado universal e o chamado ministerial específico. Podemos passar a vida frustrados em qualquer lado do muro se não buscarmos discernimento vocacional. Esse discernimento é encontrado primeiramente na Palavra, estudando o que a Bíblia nos ensina sobre vocação. Em segundo lugar, caso haja uma convicção de chamado ministerial específico, associando-nos ao trabalho da igreja e passando nossa vocação pelo crivo dessa experiência. Por fim, precisamos buscar ao Senhor em oração especialmente para saber qual será o próximo passo. Deus, geralmente, só nos mostra o próximo passo.
A terceira crise que percebo é de ação. Há um número grande de irmãos e irmãs com clara compreensão bíblica sobre a vocação, claro discernimento sobre os passos a serem dados, mas nunca os dão. Para alguns, esse passo é um envolvimento maior com o ministério da igreja local. Para outros, é seguir para um centro de treinamento bíblico e missionário ou participar de um estágio ministerial. O importante é perceber que, em algum momento ao longo da convicção de um chamado ministerial, é preciso dar um passo.
Somos, portanto, todos vocacionados em Cristo para servir a Deus e glorificar o Seu Nome. Alguns são vocacionados, também em Cristo, para funções específicas – ministeriais – para o encorajamento da igreja e expansão do Evangelho no mundo. Em qualquer situação, a nossa vocação é um privilégio. Na verdade, talvez seja o nosso maior privilégio, bem como o nosso maior desafio.
PRIMEIRO PASSO
Se você considera-se chamado por Deus e gostaria de auxílio para compreender melhor sua vocação e dar passos seguros em direção ao efetivo cumprimento da mesma, queremos apoiá-lo, bucando juntos pelos direcionamentos do Senhor.
Para isso, como primeiro passo, pedimos que compartilhe conosco as informações abaixo, copiando as questões, respondendo e enviando-as por e-mail para contato@povoselinguas.com.br. Assim poderemos orar por você e apoiá-lo com mais objetividade. Todas as informações permanecerão em sigilo e não serão compartilhadas com ninguém sem o seu consentimento.
Após essa apresentação inicial, faremos um contato individual com você para um bate-papo mais direcionado! Estamos juntos nessa caminhada!!!
QUESTIONÁRIO DE CONTATO INICIAL
1) Nome completo
2) Endereço residencial
3) Data de nascimento
4) Estado civil
5) Tem filhos? Por favor cite sua(s) idade(s)
6) Tempo de conversão
7) Igreja da qual é membro
8) Se não é membro de nenhuma igreja local, por favor compartilhe o motivo
9) Atividade profissional que exerce atualmente
10) Grau de escolaridade
11) Formação profissional / acadêmica
12) Formação teológica / missiológica formal
13) Você possui algum talento ou qualificação que, na sua compreensão, podem ser utilizados como suporte em algum projeto missionário? Quais? (Ex: Habilidades manuais, domínio de um instrumento musical ou outras manifestações artísticas etc)
14) Exerce atualmente algum ministério específico, dentro ou fora da igreja local? Qual(is)?
15) Quais ministérios você já exerceu ou esteve diretamente envolvido?
16) Você crê que está exercendo plenamente sua vocação a serviço do Reino de Deus? Se não, compartilhe os motivos
17) Caso tenha respondido negativamente a questão anterior, quais os principais fatores, na sua compreensão, que o impedem atualmente de exercer plenamente sua vocação a serviço do Reino?
18) No seu entendimento atual, qual deve ser sua principal atuação no Reino de Deus? Fale também sobre suas contribuições secundárias (Procure ser específico)
19) Que tipo de auxílio você espera/gostaria de receber para dar os passos necessários em direção ao efetivo cumprimento da sua vocação?
20) Qual sua disponibilidade atual de tempo para dedicação ao treinamento ministerial?
21) Você tem disponibilidade financeira para arcar com possível despesa relativas ao trenamento ministerial, utilizando recursos próprios ou apoiado por mantenedores (igreja local ou outros)?
22) Sua igreja local possui um programa de treinamento vocacional e formação missionária do qual você pode participar? Fale um puco a respeito
23) Na sua visão, o que diferencia uma carreira profissional de uma carreira ministerial?
Envie seu questionário para contato@povoselinguas.com.br, para que possamos acompanhá-lo(a) e orientá-lo(a) quanto ao seu despertamento vocacional.
Conheça o INSTITUTO ANTROPOS

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Outubro de Justiça. Um Mês de conscientização.

“A Justiça irá adiante Dele e preparará o caminho para os seus passos” Salmo 85:13.
Passos de Justiça começou a partir do contato que os missionários de Jovens Com Uma Missão tiveram com várias formas de injustiça, enquanto viajavam pelo mundo compartilhando o amor de Jesus. “Não importa onde nós estivéssemos no mundo, víamos injustiça, como o trabalho escravo, prostituição infantil, falta de acesso água potável, de oportunidade de educação, de cuidado médico, pobreza extrema, governo corrupto, etc.
Alguns de nós se questionaram: “O que podemos fazer?” E, então, orando fizemos a mesma pergunta: “Senhor, o que nós podemos fazer por problemas tão esmagadores?” Do clamor de nossos corações veio a resposta! Era simples: “Dêem um passo de cada vez, façam a diferença!”

Queremos convidar você a fazer parte do Outubro de Justiça, um mês inteiro de Oração e Mobilização por Justiça! E nesta terceira edição no Brasil vamos focalizar a maior crise humanitária desde a II Guerra Mundial: levantar nossas vozes em favor de Imigrantes e Refugiados de todo o mundo.
Todos os dias nos meios de comunicação vemos milhares de refugiados tentando chegar a Europa. Mas isso é só uma parte do problema, pois existe cerca de 60 milhões de pessoas em deslocamento no mundo “como consequência de perseguição, conflito, violência generalizada, ou violações de direitos humanos” segundo o relatório da ONU, a maioria (86%) vivendo em campos de refugiados nos países em desenvolvimento e 50% são crianças!
“Nós não temos essa capacidade e essencialmente, não temos recursos para ajudar todas as pessoas vítimas de conflitos em todo o mundo e provê-los com o mínimo de ajuda e assistência.”
(Antônio Guttierrez /Agência para Refugiados da ONU)
O desafio é realmente grande, impossível aos olhos humanos, mas nós sabemos quem é o único que tem a capacidade e os recursos ilimitados para socorrer todos que tem fome e sede de justiça: “O Senhor que fez os céus e a terra!” e através do seu povo Ele pode agir para salvar milhões de novo! “Pois o Senhor vosso Deus faz justiça ao órfão e à viúva, e ama o estrangeiro, dando-lhe comida e roupa”. (Deut. 10:17,18).
Será que ouviremos de Jesus naquele dia: “Pois tive fome e me destes de comer, tiver sede e me destes de beber, era forasteiro e me hospedastes” (Mat.25:35)?
Começa dia 1° de Outubro. Siga a página no Facebook: Passos de Justiça. A cada dia um motivo de oração, informações, links e vídeos postados. Curta as postagens e compartilhe ao máximo, seja um mobilizador!
Junte-se a nós nessa jornada, aprenda sobre os refugiados, descubra onde eles estão na sua região, envolva sua igreja, grupo ou família, mobilize e peça para que haja momentos de oração por eles nas reuniões da semana, e acima de tudo: abra seu coração para amar.
Em Outubro vamos fazer Justiça, um passo de cada vez!
Faça o Download gratúito do Guia De Intercessão