segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

PÉ NA ESTRADA PRA JUTUBA

PÉ NA ESTRADA é o tema deste ano do Ministério de Kings Kids, foi neste ministério onde comecei e aprender muita coisa daquilo que hoje vivo, de lá que veio todo esse amor por missões (mais informações sobre: www.kingskids.com.br), a base para este tema está no texto de Mateus 28.18-20: “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século.” 

Segundo Hélio Espínola Jr. (Xuxu), líder nacional deste ministério, e que contribuiu muito com minha vida: “Acreditamos que é tempo de levantar uma nova geração de missionários que irão por todo o mundo anunciando e vivendo o evangelho de uma forma criativa e eficaz!”. 

É incrível a ligação que sempre os temas de kings kids fazem com a minha vida, em 2005 o tema foi “Atitude”, esse foi o ano que fiz minha primeira campanha de kings kids, embora já tenha feito outros acampamentos, neste ano tive a Atitude de sair da minha zona de conforto e começar um grupo rede na igreja Assembleia de Deus da José Bonifacio no Guamá. Em 2006 o Tema foi “Na Linha de Frente”, o enfoque em Guerra Espiritual, foi quando o Senhor trouxe muita coisa nova sobre intercessão e batalha espiritual, senti pela primeira vez um peso espiritual entre outras coisas. 

2007 foi o tema “É hora de falar” foi um tema marcante, se antes eu já amava missões foi aí que decidi: quero ser missionário! Também ficou marcado no meu coração a parte da canção e do versículo de Romanos 10.14: “como ouvirão se não há quem pregue”. E em meio a isso veio a música: “Belém pra Jesus”. 2008 o tema “Viva a Verdade” me confrontou, eu já sabia meu chamado, mas ainda não vivia ele; entrei no projeto ARCA (Associação de Recuperação de Crianças e Adolescentes), onde passei quase um ano trabalhando lá com moradores de rua; comecei a MILO (Missões Locais), grupo de missões em minha igreja. 

Em 2009 o tema foi “Escolhidos”, através desse tema Deus me mostrou que eu havia sido escolhido e enviado por Ele. Foi quando larguei tudo e fui ser missionário em Tribos Indígenas. Depois,“Triunfo” esse foi o tema de 2010, esse foi um ano em que tive vitoria atrás de vitoria, comecei a namorar a minha esposa e pra quem conheceu nossa história sabe do quê estou falando, também começamos a discutir a criação de uma ONG e começamos o Impacto de Carnaval que hoje é considerado tradicional no Templo Central da Assembleia de Deus. 

Em 2011, o Senhor literalmente me disse “Mostra tua cara”, foi o ano que mais expus em minha igreja, o ano já começou com agente transformando o Impacto de Carnaval em um retiro preparatório com pratico no carnaval, ouvimos do Senhor o nome deste ministério “Nação Belém”, saiu do papel projetos como a “Escola de Missões Nação Belém”. Finalmente 2012 “Conectados Nele”, neste ano fui minha Consagração a Pastor, atuei como Vice-Pastor da Missão jovem da Assembleia de Deus, e casei, amanhã faz um mês. 

Este tema de 2013 é exatamente o que estou vivendo, estou deixando tudo no Templo Central e colocando o “Pé na Estrada” pra Jutuba, uma Ilha que pertence a Belém, mas exatamente ao distrito de Outeiro, fica a 1 hora de Barco saindo da orla de Icoaraci, é uma comunidade que tem apenas 30 famílias e cerca de 100 habitantes, a única igreja que existe hoje lá é a Igreja Católica, estou indo começar lá a Assembleia de Deus. Dia 20 de Janeiro é minha posse na igreja. Tenho um grande orgulho de afirmar que sou pastou de uma comunidade ribeirinha. Estou apenas executando o que aprendi em kings kids, cumprindo a palavra de Cristo citada pelo Xuxu acima. Vamos geração é hora de colocar o “Pé na Estrada”! 

 Pr. Rodrygo Gonçalves 
Pastor da Assembleia de Deus de Jutuba

domingo, 23 de dezembro de 2012

Os Excluídos do Natal


Que paradoxo! Cristo veio trazer a Paz, e o povo escolheu esse “frenesi” caótico do TER, que se prolonga por todo o mês de dezembro, culminando com o rega-bofe do dia magno da cristandade. As Boas Novas de paz para os homens, nessa época, vem sendo substituída por um espetáculo consumista e hedonista, que por instantes, encantam os olhos e entorpecem os corações. 

É nos dias que antecedem a esta festa, que a tranqüilidade vai às favas. As ruas são transformadas em um caldeirão fervente de balbúrdia e correrias sem sentido. As nossas cidades, nessa época, não diferem muito da atual Belém da Judéia, cujas ruas e vielas ficam tomadas por um formigueiro de gente de todas as nacionalidades, que ali vai adorar, mais ao deus “Mamon” que ao Deus Cristão. 

A epopéia do casal Maria e José ─ os excluídos da sociedade judaica que não tiveram direito a uma estalagem para abrigar o seu filho Jesus que estava prestes a nascer, hoje, são simbolizados por aqueles que nesse Natal estão longe das mesas repletas de guloseimas e vinhos; são representados por aqueles que estão bem distantes do burburinho da cidade engalanada e repleta de efêmeros atrativos. O drama dos pais de Jesus que não foram acolhidos pela sociedade daquela época, se repete diariamente na pele dos excluídos de nossa sociedade. 

O vídeo que segue abaixo aponta para aquilo que muitas vezes nos recusamos a ver. Ele obriga-nos a confrontar nossas próprias mazelas, nossa miséria social e afetiva, nossa hipocrisia em relação aos excluídos e marginalizados. O conteúdo da gravação contradiz a nossa religiosidade e vinculação com o transcendente que, em analogia ao nosso Hino Nacional, “está entorpecida e deitada eternamente em berço esplêndido”. Eles, os excluídos, tão somente nos revelam grandes verdades que o espelho distorcido e deformado de nossas consciências teima em não querer enxergar. 

Ao assistir a este vídeo, veio imediatamente a minha mente as palavras de Cristo: “...tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber; fui desprezado e não me recolhestes; estive nu e não me vestistes; estive enfermo e preso e não me visitastes.”


Por Levi B. Santos