quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Sobre sexo antes do casamento...


Queridos, ultimamente tenho encontrado pessoas cristãs que afirmam que a bíblia não ensina que o sexo é para ser praticado dentro do casamento. Dizem que os namorados cristãos que se encontram em uma relação "madura" de "compromisso" podem transar naturalmente.

Primeiro lugar, o mandamento bíblico que condena a relação sexual fora do matrimônio constitui-se um principio geral que pode ser aplicado a diversas áreas da vida:

"Não cobiçarás" (Ex 20.17).

A cobiça nada mais é do que querer possuir o que não nos pertence. Em 1 Co 7 o Ap. Paulo afirma que o cônjuge tem "poder" sobre o corpo do outro. É outra forma de dizer que um pertence ao outro, logo, no casamento já não vigora a cobiça.
 
Antes que digam que Jesus acabou com a Lei, gostaria de lembrar que com relação ao tema específico da sexualidade Cristo não "suavizou" o mandamento ele o internalizou dizendo que até a "intenção impura" era pecado (Mt 5.28).

Portanto, para os que acham muito difícil pregar e viver a abstinência sexual, vai um aviso, Cristo nos ensinou que só pensar de forma impura já se constitui transgressão, isso é bem mais radical.
Ele estava deixando claro que a obediência a Deus era completamente impossível ao homem por suas próprias forças. E, por isso ele nos propõe um novo nascimento, que pela graça, nos educará a renegar as paixões mundanas (Tt 2.11).

E mais, quando Paulo escreveu aos que estavam propensos a imoralidade sexual (termo grego: 'pornea', que significa relações sexuais ilícitas - tendo como parâmetro de licitude, justamente, o casamento) ele não disse: "SE VOCÊS ESTÃO QUASE FORNICANDO (ABRASADOS) ENTÃO AMADUREÇAM, CRESÇAM EM CONSCIÊNCIA E, DEPOIS DE MUITO ‘AMOR’ E UMAS MASSAGENS NAS COSTAS DELA (PARA FINGIR QUE VOCÊ NÃO ESTÁ APENAS QUERENDO TRAÇA-LA) SEJAM FELIZES E TRANSEM..." Ele disse: casem-se! Ou se solteiro, não toque mulher (1 Co 7.9).

Se um casal se orgulha tanto do seu amor e amadurecimento, então se case! Do contrario é com dizer: Eu te amor muito e sou comprometido com você, mas não quero tornar isso oficial, pois vai que eu não goste do jeito que você transa.
 
Isso é uma relação baseada em lascívia: usar o outro para auto satisfação. E, isso fingindo amor. O AMOR DE 1 Co 13 “Tudo sofre, tudo crê, TUDO ESPERA”. Prova de maturidade não é ter quantidade sexual no namoro, é justamente o contrário. Quanto mais imaturos, mais baseados na satisfação sexual é um casal. Quando o cara esta tentando transar com a moça fingindo um pretexto teológico, realmente é muita prova de amor. Amor a ele mesmo!

“O amor não quer o que não tem” (1 Co 13). O casamento é o ato de “ter” alguém plenamente e, assim poder querê-lo em todos os sentidos.

Escreverei depois, sobre a realidade espiritual da relação sexual, fato que foge a muitos que tentam interpretar a sexualidade aos olhos da bíblia. Falo sobre isso mais tarde...

Deus abençoe,


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Começou a Semana Mundial de Oração contra a Corrupção

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Outubro tem sido um mês de mobilização de cristãos ao redor do mundo que se juntam para orar e jejuar a respeito dos nossos próprios defeitos e, por conseguinte, pela nossa própria corrupção perante Deus. O “Exposed 2013”, uma campanha cristã internacional contra corrupção institucional e pessoal começou ontem, dia 14, e vai até domingo, dia 20, com o slogan “Corrupção Mata! Exponha-a! Denuncie! Ponha um foco de luz na Corrupção”.

Neste período, todos são convidados a participarem de uma vígila de oração e a assinarem o Chamado Global que pede aos líderes do G20 (as 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia) que definam passos em direção à abertura e transparência nas transações financeiras. Segundo a campanha, isto irá ajudar a erradicar o suborno e a sonegação de impostos. O Exposed é coordenado por diversas organizações cristãs, entre elas Aliança Evangélica Mundial (WEA), Sociedade Bíblica e Exército de Salvação.

Especificamente nesta semana (14 a 20), o movimento Exposed 2013, com o apoio no Brasil, do “Ame a Verdade”, tem como objetivos:

- Mobilizar 100 milhões de pessoas ao redor do mundo para adotem formas positivas de resistência a corrupção. Para baixar os recursos disponíveis, clique aqui.
 
- Realizar 2000 vigílias com os mais pobres ao redor do mundo. Acesse o Guia da Vigília aqui.
 
- Coletar 1 milhão de assinaturas de um Chamado Global que será apresentado na reunião do G20, onde estarão as maiores potências econômicas mundiais em 2014, pressionando-os para que adotem mecanismos de transparência e combatam o suborno e evasão fiscal. Acesse a coleta de assinaturas aqui.

Igrejas e movimentos cristãos brasileiros estão participando da Semana de Oração. No Norte do Brasil, a Aliança Bíblica Universitária vem mobilizando universitários. No Nordeste, o pastor José Marcos, da Igreja Batista em Coqueiral, em Recife (PE) e presidente do Instituto Solidare, convoca todos os cristãos para orar e agir. “Este movimento é mais cristão do que as reuniões solenes que fazemos em nossos templos, se estas não levantam um som profético contra as injustiças, sobretudo a corrupção”, diz ele. Elda Mariza Valim Fim, da Igreja Presbiteriana Independente de Cuiabá (MT) também conclama outros cristãos. “A verdade é a pureza de Cristo, a corrupção é a mentira”, ressalta ela.

Mais informações sobre a Semana de Oração contra a Corrupção: www.ameaverdade.com.br

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Gerir os bens, emancipar os pobres, trazer o Reino

Gehard Fuchs, da REPAS, fala sobre justiça social do reino de Deus
Muitos começaram o dia de sábado um pouco mais tarde, e às 8h30 alguns poucos receberam a boa recompensa pela pontualidade. Gehard Fuchs, da REPAS (Rede Evangélica Paranaense de Assistência Social), eleito na última quarta-feira membro da Coordenação Colegiada* de RENAS, resgatou três pontos da sexta-feira de uma nova perspectiva, como ele mesmo disse: a partir do seu locus: a economia.

Quanto é suficiente para você

O primeiro vem das palavras de Ricardo Barbosa, que meditou em Filipenses 4. Gehard repetiu a pergunta de Ricardo “Quanto é suficiente para você, agora falando de dinheiro?”. Segundo ele, definir o suficiente depende do nosso medo: suficiente para um dia, para um ano?

A pergunta inicial leva a outras duas: “O que você vai fazer quando tem menos?” e “E o que você vai fazer quando tem mais?” E a resposta vem da experiência de Paulo: quando tinha menos, ele fazia uma nova tenda para vender, mas quando ele tinha mais ele parava de fazer tendas? Deus deu dons que não devem ser deixados de lado quando você já tem o suficiente, se você não precisa, tem alguém que precisa e você tem que compartilhar. Fazer o que tem que ser feito nessas situações, tem a ver com contentamento.

Emancipar o pobre para participar do seu processo de libertação

O segundo ponto resgatou uma palavra de Ariovaldo Ramos sobre a emancipação do o pobre, a fim de que ele participe do seu processo de libertação.

Gehard contou a história de uma igreja que levou para um bairro pobre de Curitiba uma versão classe média de igreja. Esse modelo tirava do pobre o sentimento de pertencimento, pois quanto o pobre poderia pagar de aluguel por um templo? Nada. Então como fazer para ele sentir que a igreja é dele? Simples, se ele não pode pagar nada, tem-se que ir para a praça, talvez a escola ou o centro comunitário, diz ele.

A leitura econômica da situação também nos faz perguntar como ele vai sentir que o pastor é o seu pastor? Ele não pode pagar, então outras igrejas se juntavam e pagavam para o pastor pregar no domingo. Mas eles sentiam que era deles? Obviamente que não, responde Gehard.

A nova pergunta é como fazer sem templo e sem pastor? A verdade é que eu não preciso de dinheiro para orar ou ter comunhão. Eu posso ter esse espaço, sentir que ele me pertence e uma leitura na perspectiva econômica nos ajuda a entender esse desafio da missão da igreja.

Venha o teu reino

O terceiro resgate traz uma reflexão sobre reino. Se tem reino, tem rei e rei é um cara que tem um território e um povo. Se Jesus e o rei, onde é que ele manda?

O reino de Deus está muito próximo de nós. Se eu deixo Deus mandar na minha vida, ali é o reino de Deus, se não deixo, é outro que está mandando. “Entra na minha casa, entra na minha vida” tem muito a ver com deixar o reino de Deus entrar.

Segundo Gehard, a fé não é um salto no escuro. Paulo disse que Deus providenciou para que todos cheguem ao processo da verdade, mas como então fazer Deus ser ouvido no nosso processo decisório? Ele entende que três formas de ouvir:

 1. Individualmente: Deus fala ao seu coração e a paz é a sua resposta;

2. Coletivamente: “na multidão de conselhos há sabedoria”, logo em uma decisão coletiva, a qualidade tende a aumentar.

3. Unção: Gehard conta que certa vez Deus falou para buscarem a unção. Apenas reunir para orar e cantar. E em uma dessas reuniões uma pessoa começou a pregar e disse “irmão, Deus tem uma palavra para você”. E esse pregador disse para várias pessoas, coisas sobre suas vidas, sem as conhecer. Na visão de Gehard, ele nunca tinha visto o dom do conhecimento e da sabedoria posto em prática tão bem.

Gestão por conhecimento: ouvir nosso coração, ouvir os conselhos da igreja e ouvir a sabedoria daqueles que têm o dom. Assim proporcionamos que o Reino de Deus esteja em nossa casa, nossa igreja, nossa organização, concluiu ele.

* A Coordenação Colegiada é formada por três representantes das organizações que formam o grupo gestor de RENAS. A eleição ocorreu na reunião de filiadas de RENAS

Texto: Tábata Mori (RENAS Goiás)
Foto: James Gilbert

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Uma cartilha para ajudar a enfrentar a exploração sexual de crianças e adolescentes

CartilhaBNRA Rede Evangélica Nacional de Ação Social (RENAS) está de parabéns, pois tem lutado corajosamente e conseguido, passo a passo, dar visibilidade ao fenômeno da violência sexual contra crianças e adolescentes por todo nosso imenso país. A edição da cartilha “Uma ação educativa contra a Exploração e o Abuso Sexual de Crianças e Adolescentes”, com seus 10 mil exemplares, mostra a força e o poder dessa militância.

Se me perguntassem: qual a fórmula desse grande sucesso da RENAS? Eu responderia que o segredo está na unidade e na graça de nos encontrarmos no centro da vontade de Deus, realizando sua obra.
A cartilha foi concebida para ser uma ferramenta a serviço da campanha “Bola na Rede”, promovida pela RENAS em parceria com onze organizações e redes.

Nosso principal objetivo é promover uma ação educativa que sensibilize as pessoas para a gravidade da exploração e do abuso sexual de crianças e adolescentes. Esperamos com isso fomentar a quebra do muro do silêncio, o aumento das notificações e a promoção de um ambiente mais seguro e livre de violência sexual para a população infanto-juvenil.

O processo de criação da cartilha contou com a colaboração e sugestões de várias pessoas ligadas à RENAS, dentre as quais destaco, com especial carinho, Ronald Neptune, Eliandro Viana, Tânia Wutzki, Débora Fahur e Ana Paula Felizardo.

Podemos dizer que escrever esse documento foi um grande desafio. O texto devia primar pela objetividade, ser simples, mas, ao mesmo tempo, conter informações relevantes para aqueles que desejassem prevenir e/ou encaminhar para redes de proteção a apuração de casos concretos de violência sexual contra crianças e adolescentes.

Apesar de abordar o fenômeno da violência sexual de uma forma técnica, mostrando a tipificação de conceitos, estatísticas, legislação e detalhamento do sistema de garantia de direitos, a cartilha ficou bem didática e de fácil compreensão.

Está comprovado cientificamente que no decorrer do nosso processo de aprendizagem retemos apenas 10% do que lemos, 20% do que escutamos, 30% do que vemos, 50% do que vemos e escutamos (audiovisual), 70% do que ouvimos e logo discutimos e 90% do que ouvimos e logo realizamos. Dessa forma, tomando por base esses dados, recomendamos o estudo da cartilha em pequenos grupos e em classes de escola dominical. Para ajudá-lo a otimizar os debates e aprofundar as principais questões associadas ao fenômeno, criamos, logo após a exposição de cada tema, as seções “Para refletir” e “Uma palavra de esperança”. Confiram. Vale a pena.

A RENAS, inicialmente, não tinha recursos para produzir a cartilha. Entretanto, movidos pela fé, cremos que Deus iria prover “o ouro e a prata” e por meio da articulação com alguns parceiros, dentre os quais destaco aqui a Visão Mundial, na pessoa do Welinton, o sonho se transformou em realidade.

Por fim, concluo esse breve comentário, citando Victor Hugo que disse: “Nada é mais poderoso do que uma ideia que chegou no tempo certo”. De fato, meus queridos irmãos, a ideia de mobilizar a igreja para proteger crianças e adolescentes da violência sexual chegou no tempo certo. Acredito que estamos vivenciando um “kairós” de Deus. Essa é nossa hora de fazer história e proteger da violência essa geração de pequeninos. Que o Espírito Santo ilumine e fortaleça a todos nós, para que quando nos apresentarmos, perante nosso mestre Jesus, escutemos de seus lábios: “Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor” (Mt 25.23).
Leolina Cunha
(CECOVI)
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Baixe gratuitamente a cartilha aqui
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