quarta-feira, 16 de março de 2016

Justiça e serenidade


A 24ª fase da operação Lava Jato, denominada “Aletheia” (“verdade”, no grego), tornou-se notícia no mundo inteiro, pois as investigações envolvem personalidades políticas. Depois de dois anos e tantas fases, a Operação Lava Jato é hoje conhecida mundialmente por investigar um dos maiores escândalos de corrupção da história.

Algo surpreendente no Brasil, o “país da impunidade”, como o seu próprio povo o denomina. Políticos, empresários, banqueiros, funcionários públicos e lobistas têm sido denunciados e acusados, sendo que alguns já foram condenados e apenados. Essa é a triste realidade. Mas o que nos consola é que estamos vendo a justiça fluir.

As Escrituras atestam que desde os tempos antigos “o ímpio aceita às escondidas o suborno para desviar o curso da justiça” (Provérbios 17.23). Contudo, não podemos nos conformar com essa realidade, pois a Bíblia também diz: “Odeiem o mal, amem o bem; estabeleçam a justiça nos tribunais” (Amós 5.15). O Senhor nos faz conhecer o caminho melhor: “Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o Senhor exige: pratique a justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu Deus” (Miqueias 6.8).

Embora, publicamente todos aprovem as medidas de combate à corrupção, o aprofundamento das investigações, os inquéritos policiais e os processos judiciais abalam a credibilidade de instituições e partidos políticos, além de macular as biografias das pessoas envolvidas. As paixões partidárias e a troca de acusações têm elevado a temperatura das discussões, chegando, em alguns casos, a provocar lamentáveis agressões físicas.

A Aliança Cristã Evangélica Brasileira, preocupada com esse acirramento dos ânimos, dirige-se às igrejas e pessoas filiadas, e ao povo evangélico em geral, chamando-os à serenidade, à oração e à paz.

Com esse propósito, somos encorajados a:

– Orar pelas autoridades: “Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões… por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade” (I Timóteo 2.1, 2).

– Orar pelo bom funcionamento de nossas instituições democráticas, sobretudo na instância dos poderes constituídos: Legislativo, Executivo e Judiciário.

– Orar para que a crise econômica e política seja resolvida, dentro dos limites estabelecidos pelo Estado de direito e da democracia brasileira.

– Orar para que a justiça e a paz caminhem juntas em nosso país e que todos estejam sujeitos às mesmas leis, sem privilégios. Que venham à tona todos os casos de corrupção, tanto em nível federal, como estadual e municipal.

– Orar para que o Brasil encontre em Jesus Cristo a referência de que tanto precisa para se tornar uma nação pautada pelo bem-estar que procede da justiça.
Brasil, 9 de março de 2016 

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